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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Obama poderia envolver os EUA em outra longa guerra

Escrito por Erica Soares

Washington, 12 set (Prensa Latina) O presidente Barack Obama parece empenhado a envolver os Estados Unidos em outra longa guerra, depois de sua anunciada campanha contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, adverte hoje um artigo do The Nation.
A propósito da decisão do presidente de estender os bombardeios aéreos contra os fundamentalistas a território sírio -informada ao país na quarta-feira passada em uma mensagem- o semanário chama os norte-americanos a não se deixar manipular.

"Não se enganem com o duplo discurso da Casa Branca, os Estados Unidos estão embarcando em outra longa guerra no Oriente Médio, e esta pertence a Obama, e poderia ser estendida para além de sua presidência", sugere o jornalista William Greider.

O repórter cita, no The Nation, recentes declarações do secretário de Estado, John Kerry, que assinalou que "poderia nos tomar um ano, poderia nos tomar dois ou três, mas estamos determinados a fazê-la".

Greider recorda que os estadunidenses já viveram antes a situação de ver o país envolvido em extensas disputas bélicas, com horríveis perdas para a humanidade.

Washington invadiu e ocupou o Afeganistão em 2001 e parece que finalmente se retirará do país em 2016, enquanto agrediu o Iraque em 2003, de onde tirou seus soldados quase nove anos depois.

De acordo com o artigo, o papel assumido pelos Estados Unidos "de indispensável Goliath encarregado de manter com sua abrumadora supremacia militar a ordem mundial" gera rejeição no planeta.

Além disso, escreve, criou uma fracassada teoria na qual o poder aéreo estadunidense pode brigar e ganhar guerras nas quais os inimigos somente o que teriam a fazer é morrer.

"No entanto, as forças guerrilheiras e os terroristas entenderam há décadas que podem desestabilizar o Goliat com métodos como a luta irregular e as bombas caseiras", comenta Greider.

Em sua mensagem à nação de dois dias atrás, Obama manifestou sua intenção de acabar com os extremistas do EI que operam no Iraque e na Síria, postura interpretada como um passo da Casa Branca em sua intenção de agredir Damasco, em sintonia com a mudança de regime que promove contra o governo de Bashar Al Assad.

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