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segunda-feira, 25 de junho de 2012

A democracia não existe

 

 

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De um lado predomina o jogo de interesse pessoal favorecido tanto por informações privilegiadas como por usufruto ou enriquecimento através da corrupção de qualquer espécie, vizinhando valores estratosféricos.

O conceito do equilíbrio dos poderes executivos, legislativos e judiciários não atende mais os princípios da liberdade, igualdade e fraternidade.
De um lado predomina o jogo de interesse pessoal favorecido tanto por informações privilegiadas como por usufruto ou enriquecimento através da corrupção de qualquer espécie, vizinhando valores estratosféricos.
O poder serve exclusivamente aos seus mandantes. O bem geral, o bem da comunidade, o bem dos cidadãos é cada vez mais um tema de fachada, cenário do grande engodo vigente.
Os quadros estão de tal forma prostituídos tal como na velha Roma, nas famosas monarquias, no luxo e regalia dos senhores eleitos ou mesmo indicados, onde a única regra é ficar rico, tirar proveito próprio e se jactar da expertise dos grandes ilusionistas.
Os juízes estão ricos. Os deputados e senadores estão ricos. Os presidentes, governadores, prefeitos estão ricos. Os executivos do poder estão ricos. Talvez a palavra rico não expresse a verdade. Todos que fazem sucesso estão biliardários.
Esse caudal de exemplo contamina o sistema. O normal virou corrupto. O anormal, ético.
Qualquer cidadão do planeta precisa pagar para viver. Os tributos são bem maiores, mais importantes e mais sofisticados que em qualquer época da história da humanidade.
Nos países da América Latina, o cidadão pobre ou rico paga um terço do que ganha para ter o direito a viver. Em troca recebe serviços e benefícios pífios, de qualidade duvidosa. Não adianta reclamar. O sistema funciona assim. Para o rico não faz diferença. Para o pobre, esfola.
Os países mais vivos implantam pacotes e mais pacotes de programas demagógicos, em prol dos menos favorecidos. É uma grande hipocrisia, oficializada, legalizada, abalizada.
O jogo é terrivelmente bem feito e urdido, certamente ardido. Pouquíssimos senhores da pseudodemocracia sobreviveriam a qualquer auditoria independente e séria. Sobram histórias de laranjas, chantagens, compadrios, duplos comprometimentos e por aí afora.
O eleitor, o povo, o cidadão desconfia, suspeita, imagina. Mesmo assim, é incapaz, insuficiente, inocente.
Em nome da democracia, por exemplo, o senhor Obama, um dos donos do mundo, autoriza o desenvolvimento de vírus espiões para invadir, controlar, supervisionar e dominar seus inimigos. Lógico que faz muito mais que tudo isto. Nada escandaliza. Em nome da democracia, promove guerras por todos os cantos do planeta, exterminando os tais humanos rotulados como oponentes, sem se importar com crianças, velhos, senhoras, patrimônios da humanidade ou qualquer valor que seja, através de sentenças sumárias sem qualquer direito de defesa. Seus drones voam incólumes lançando bombas de forma indiscriminada, protegidos pelas nações unidas.
A democracia é uma quimera. Precisa ser reinventada.
Procura-se urgentemente pessoas de valor.
Orquiza, José Roberto
Escritor

Pravda.ru

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